sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O PROBLEMA DO LIXO

A população brasileira (160 milhões de habitantes) produz diariamente 240 mil toneladas de lixo, sendo que 100 mil toneladas correspondem ao lixo domiciliar, do qual apenas 70% é coletado e em geral depositado a céu aberto, (lixões, aterros ou cursos d’água) (Campos, 1999).

Esta forma de dispor o lixo provoca poluição do solo, da água e do ar, além de atrair ratos, baratas, moscas e outros vetores de doenças infecciosas e parasitárias, causando, enfim, a degradação ambiental e social.

Um ideal humano seria não produzir resíduos sólidos! Na realidade, no entanto, produzimos grande quantidade de resíduos sólidos o que torna necessário e urgente um gerenciamento adequado, porém, mais importante que tratá-los, deve ser a conscientização das pessoas no sentido de diminuir a geração dos mesmos.

Antes de pensarmos em tratamentos de resíduos, devemos ter em mente alguns pressupostos importantes, como:

* responsabilidade individual - na medida em que todas as atividades humanas são geradoras de resíduos;

* responsabilidade coletiva – leva em conta que as estratégias de não geração e minimização devem ser construídas e executadas por toda a sociedade;

*prevenção – decorre da constatação generalizada de que os impactos sobre a natureza, provocados pela extração de matérias-primas, uso indevido dos recursos hídricos, desperdício de energia e pela emissão de substâncias tóxicas, que excedem a capacidade de absorção da biosfera e alteram o equilíbrio ecológico do planeta, demandam medidas urgentes a curto e médio prazos;

*sustentabilidade - o planeta Terra é limitado em termos de recursos naturais e o seu esgotamento compromete a possibilidade de um processo de desenvolvimento continuado e acessível a toda a população. Assim, torna-se necessário um vigoroso e generalizado combate ao desperdício e um uso mais racional dos recursos naturais. (Agenda 21 do RS, 1998).

A partir dos pressupostos colocados e da constatação de que os resíduos sólidos, conforme Odum (1998), são o principal fator limitante para o desenvolvimento das sociedades contemporâneas, é preciso:

REpensar os hábitos de consumo, ou seja, sempre que possível evitar a geração de resíduos e o desperdício, buscando a Não Geração;

RE-educar – num processo contínuo de conscientização para a não geração ou minimização;

Reduzir ou Minimizar a geração de resíduos desde a extração de matérias-primas, seu beneficiamento e transformação em bens de consumo, até sua destinação final;

Recondicionar, recuperar ou restaurar os materiais de modo que eles possam ser utilizados por mais tempo;

REmodelar, reformar ou refazer com modificações profundas, de forma a tornar os materiais modernos e atuais;

Reusar, REutilizar ou REaproveitar com o mesmo uso ou com usos diferentes;

Reciclar os resíduos que passam a ser considerados matéria-prima para a fabricação de diferentes produtos com economia de energia e recursos naturais, ao invés de extraí-los da natureza.
Mais informações no site:
http://www.projetos.unijui.edu.br/gipec/